A História dos Escritórios e as perspectivas para o futuro

Publicado em: 16/08/2023

Com a pandemia, ocorreram diversas transformações em escritórios. A necessidade de manter o distanciamento social moveu todos os setores, sem exceção. Em um primeiro momento, os escritórios cujas atividades permitem, se adaptaram ao trabalho remoto, diretamente de suas casas.

O trabalho em home office mostrou que nem sempre há a necessidade de trabalhar diretamente do escritório. Muitas atividades fluem perfeitamente com os colaboradores conectados de forma online.

Hoje, com a flexibilização das medidas de isolamento, muitas empresas optaram por continuar em home office, pois perceberam que esse formato funciona e traz muitos benefícios, tanto para a empresa quanto para o funcionário. Os principais benefícios são: mais economia, mais qualidade de vida, menor tempo gasto no transporte ou com outras burocracias, possibilidade de escalas mais flexíveis, maior conforto, aumento da produtividade, etc.

Essas transformações estão mudando a forma como vemos e utilizamos os escritórios hoje, mas transformações em ambientes de trabalho não são uma novidade. Ao longo de toda a história, a rotina dos escritórios passou por muitas adaptações.

Neste texto, você vai conhecer mais sobre a história dos escritórios e descobrir quais foram as mudanças que contribuíram para que chegássemos à realidade atual.

- Séculos XV e XVI

Nossa história começa a partir dos séculos XV e XVI. Nesse período, os gabinetes de trabalho eram encontrados em edifícios monásticos ou em locais associados à produção do conhecimento, como em universidades.

Conforme historiadores, o edifício Palácio dos Uffizi (“escritórios” em italiano), em Florença – Itália, é o primeiro edifício administrativo do mundo.

- Século XIX

Dando um salto na história do escritório, chegamos à era industrial. A partir do século XIX, uma profunda mudança no modo de produção e o surgimento de muitas indústrias concorrentes impulsionaram uma série de estudos e doutrinas voltadas à racionalização e aumento da eficiência produtiva.

Naquela época, os trabalhadores de escritório eram uma minoria na força de trabalho, e eram considerados improdutivos dentro da atividade do processo industrial. Seus espaços de trabalho eram projetados de acordo com a funcionalidade, de forma essencialmente focada no isolamento do profissional.

- De 1900 a 1920

Anos depois, no início do século XX, o conceito de escritório já estava alinhado à lógica fabril taylorista. Trata-se de um sistema de gestão do trabalho baseado em diversas técnicas para o aproveitamento ótimo da mão de obra contratada. O Taylorismo enfatiza a eficiência operacional das tarefas realizadas, nas quais se busca extrair o melhor rendimento de cada funcionário.

- De 1930 a 1950

Foi entre 1930 e 1950 que uma ótica mais humanista começou a surgir nos ambientes corporativos.

Nesse período, os funcionários deixaram de ser visualizados “como máquinas” que devem garantir 100% de produtividade. Variáveis psicológicas passaram a ser consideradas, abrindo espaço para um diálogo sobre saúde e produtividade.

Essas mudanças, que ocorreram de forma sutil ao longo dos anos, contribuíram para uma mudança na forma como os ambientes de trabalho eram planejados, priorizando layouts mais abertos e com maior controle dos usuários sobre os espaços.

Foi em 1950 que surgiu o Bürolandschaft (ou escritório planejado), um movimento que iniciou o planejamento de escritórios no plano aberto, e que normalmente usava geometria irregular e padrões de circulação orgânica.

No movimento Bürolandschaft, eram utilizados móveis contemporâneos, mas convencionais, disponíveis na época. Como os espaços eram abertos, eram utilizadas mesas e cadeiras padrão, com armários laterais, biombos curvos e grandes vasos de plantas usados como barreiras visuais e definidores de espaço.

O agrupamento aparentemente aleatório de mesas foi feito de forma intencional e com base em caminhos de trabalho e funções dentro da empresa. Isso fez da Bürolandschaft uma opção muito empolgante para as empresas, pois permitiu que diferentes espaços fossem tratados de maneira diferente.

- De 1960 a 1980

A partir do surgimento do Bürolandschaft em 1950, o movimento que se seguiu foi de uma gradual retomada do usuário sobre o espaço, que agora era aberto, utilizando divisórias baixas (como os painéis) e mesas reguláveis.

Esse design permitiu customizações personalizadas, com a intenção de estabelecer um equilíbrio entre o individual e o coletivo. Porém, com o tempo, o conceito acabou sendo gradualmente distorcido, até se transmutar nos cubículos no final dos anos 1980.

- De 2000 a 2010

Com o acelerado avanço tecnológico e econômico a partir dos anos 2000, um novo movimento começou a transformar os ambientes corporativos.

Em países desenvolvidos, a integração entre pessoas e computadores contribuiu para a migração de profissionais de escritório para regiões mais desenvolvidas, como nos EUA e Europa. Já as outras profissões acabaram sendo terceirizadas para países com mão de obra mais barata, como na Ásia e na América do Sul.

Com isso, especialmente nos EUA e em países da Europa, os escritórios precisaram se dedicar a reter talentos, criando ambientes corporativos mais dinâmicos, colaborativos, e que proporcionassem mais qualidade de vida para os colaboradores.

Nesse período, os espaços abertos se popularizaram no Brasil, e o resultado não foi positivo: os ambientes corporativos se tornaram muito ruidosos e dispersivos.

- A partir de 2010

Com o avanço ainda maior da tecnologia, os ambientes corporativos se mantêm em constante movimento. O funcionário nem sempre tem sua estação única e exclusiva, já que pode realizar parte de seu trabalho em qualquer lugar.

Mesmo antes da pandemia, a tendência de trabalhar de qualquer lugar já estava em ascensão. Hoje, 50% das tarefas realizadas por humanos já poderiam ser automatizadas (pesquisa Projetando 2030, realizada pela Dell Technologies Brazil).

Porém, mesmo com tantas pessoas trabalhando de lugares alternativos, o futuro não deve reservar a extinção dos ambientes corporativos. Esses espaços serão destinados principalmente ao relacionamento humano, à resolução de questões pontuais e ao compartilhamento de ideias.

Com isso, a humanização dos espaços corporativos deve se tornar ainda mais essencial a cada dia.

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